24/01/2013

SATURNO - segundo os arquétipos junguianos

Uma abordagem muito boa, esclarecedora e determinante!
Do que você realmente tem medo?



Você irá vivenciar certas limitações e frustrações das quais irá aprender muita coisa, passando a administrar melhor sua vida.
No decorrer deste ano, as circunstancias da sua vida poderão sofrer graves mudanças, ou poderão ocorrer rompimentos na sua vida particular.
Saturno se identifica com o medo, com o apego, com a falta de sorte. É de fato simples assim. É jogo de tentar estruturar a realidade de acordo com nossa ilusão a seu respeito.
Para que a vida seja natural, ela precisa fluir como um rio; A vida significa mudança, o universo está num estado permanente de fluxo; isso também deve incluir os seres humanos, não apenas seus corpos físicos como também em suas experiências.
A vida é fundamentada nas relações, com os outros e de volta a nós mesmos, e, portanto os relacionamentos estão sujeitos a esse mesmo processo de transformação; um relacionamento só termina, e, por conseguinte morre, quando nele não existe mais vida nele. Os seres humanos estão permanentemente tentando estruturar áreas da sua vida sem aceitar o fato da mudança. Eles dizem querer segurança; alguma vez vocês encontraram segurança nos seus relacionamentos¿
O arquétipo de Saturno é aquele algo dentro de nós que tenta reprimir e moldar nossas experiências transformando-as numa unidade cristalizada. Ele está de muitas maneiras procurando construir e acumular.
Essa tentativa de “estruturar a natureza” é absolutamente ineficaz, pois, como salientamos, não existe qualquer garantia com relação ao que irá ocorrer pela manhã; tudo muda. Saturno representa, em parte,  essa busca pela segurança, e contudo essa busca tende a ter efeito destruidor, oposto ao pretendido.
Portanto, lutar por algo permanente, digamos um relacionamento, uma carreira, um casamento, é tentar negar a insegurança. Temos a esperança de que uma vez tenhamos garantido nosso relacionamento, nossa carreira, nosso casamento, todos nossos temores irão imediatamente desaparecer. É apenas a intenção de realmente transformar essas coisas em estruturas permanentes que provoca um sentimento de ansiedade e medo, e consequentemente de dor. Esta última é inerente ao processo cumulativo, ao medo da perda, ao medo de perder o que construímos pacientemente no decorrer dos anos.
Com Saturno, precisamos tanto ser bem sucedidos e sérios durante o processo. A base da dependência de alguma coisa ou alguém é o medo. Como vamos fazer sem eles?
Sempre que existe um investimento emocional em algo, a pessoa passa a depender do sucesso; quanto mais ela segura as rédeas, mais insensível se torna com relação às falhas e imperfeições humanas, e mais aumenta seu horror ao fracasso. Este é Saturno sob seu pior aspecto.
A seriedade surge, como já dissemos de um forte investimento emocional ao sucesso, ignorando dessa forma as fraquezas humanas e em geral nos odiando por elas. Essa atitude modesta é um subproduto da ignorância; não estamos preparados para levar em consideração pequenos receios ou admitir nossas impropriedades, de modo que nos castiguemos por sermos excessivamente fracos.
Todo esse autocontrole bloqueia o fluxo da vida e ficamos com medo de ter medo. Não é o medo em si que causa o problema; é a relutância em admitir que estamos com medo. Afinal de contas, do que vocês realmente têm medo?

 Saturno como a sombra

É natural que os seres humanos procurem compensar de algum modo seus pontos sensíveis. A reação costumeira é desconsiderar totalmente a área inoportuna fingindo que ela não existe. Mas isso não faz com que ela desapareça; aliás, enclausurá-la num armário escuro só faz com que fique mais raivosa. Jung chamou de sombra da personificação da natureza animal e instintiva do homem que abarca todos os tipos de a de uma forma anseios primitivos bem como as chamadas tendências “malignas”. A natureza “Mr. Hyde” do homem procura se expressar no horóscopo com o mesmo impulso de realização. A sombra é o inimigo natural do ego, pois o material inconsciente compensa de uma forma diretamente proporcional as qualidades que foram veiculadas ao ego. O tema da polaridade e do equilíbrio se repete aqui.
Quanto mais alguém se esforça para ser “bom” e “agradável”, mais a coisa que deseja negar essas qualidades se acumula no inconsciente. Quando alguém busca expressar o que há de melhor em si, a generosidade, o bom humor, o espírito de cooperação, etc., a psique, precisando manter o equilíbrio, impregna a sombra da metade negra dessas qualidades que foram enxertadas no ego. Esse conteúdo rejeitado se projeta nas pessoas que de algum modo parecem se habilitar para o, sobretudo sombrio com o qual pretendemos vesti-las. Elas personificam tudo o que desprezamos e consideremos estranho à nossa natureza.
Depois de impregnar o ego de qualidades agradáveis da generosidade, espírito de cooperação e bom humor, as qualidades opostas que a sombra encerra o egoísmo, a não cooperação e a circunspecção, caem sobre qualquer objeto capaz de conduzir a projeção. Mas quer a projeção seja bem sucedida ou não, a sombra nos segue aonde quer que vamos.

Gosto muito desse texto de Arthur Dione, um psicanalista que se encontrou na astrologia, e fez isso através dos estudos de Carl Gustav Jung, o primeiro (filosofo e psicólogo) a ressaltar a importância da astrologia para a compreensão do comportamento humano. Esse texto fala muito bem da postura e dos trabalhos emocionais que teremos que assumir agora em 2013 para que aproveitemos bem a energia do ano, para crescer, amadurecer, evoluir.
Pode ser muito difícil pra alguns, em alguns aspectos, mas valerá muito a pena lidar, enfrentar e transponir tudo o que a vida nos trouxer. Lidar com Saturno é entregar-se para a morte e renascer. É aceitar deixar o casulo para ganhar asas. 

Boas transmutações!!!

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